Sete Saias
A História de Sete Saias
Vamos contar essa história que é de muita valia para aqueles que
são seus seguidores e admirados. Sete Saias teve sua vinda ao mundo
marcada
por muito sofrimento. Já na sua infância se dá o início de sua aflição,
pois ao nascer sua mãe falece por complicações durante o parto.
Desde então sofre constantes humilhações vindas de seu pai que passa a
culpá-la pela morte da esposa que tanto amava.
Sete Saias cresce e com o passar dos anos crescem os aviltamentos e já
moça passa a ser forçada a fazer todas as vontades do pai sendo mais uma
serviçal do que uma filha.
Com seu pai Sete Saias movara em uma choupana afastada no lugarejo onde
habitavam e por esse motivo não vê felicidade em seu futuro.
Acaba então a moça Sete Saias se relacionando com homens casados e ricos
do povoado vendo ai sua única satisfação.
Mas a vida não lhe sorri pelos seus envolvimentos e pelo enredo de traições
em que se envolve e as esposas traídas desejam o seu mal a ponto de
desejarem apedreja-la.
Mas até aqui não se fala por que ela recebeu este nome: Sete Saias.
Segundo conta a lenda o motivo pelo qual tem este nome é que
a moça tinha sete amantes. Assim, para cada amante ela usava
respectivamente uma saia.
Estes amantes, encuimados entre si decidem transformar a vida
da moça, trancando-a em um casebre afastado como modo de
puní-la pela vida libertina que escolhera junto aos mesmos.
É então obrigada a se alimentar de restos de vegetais que se
encontravam no interior de seu carcere...
Com muito sufoco, e força de vontade de viver, derrubou uma
parede velha do casebre feito de madeira. Rastejando pela
fraqueza encontrou uma estrada próxima e nela passava uma
caravana de ciganos que a acolheram e
cuidaram dela. Tornando-se uma bela moça, que acabou casando
com o filho do chefe do clã dos ciganos. Este filho tornou-se um
homem muito rico, ele recebeu o título de barão e provavelmente
ela uma baronesa. E por vingança, queria voltar ao lugar que queriam
apedrejá-la. O marido apaixonado e fiel, fez a vontade da esposa,
comprando o melhor e mais importante casarão daquele povoado.
E assim, mandou convite a todos para um rico e
abundante baile de máscaras, para apresentar a mais nova baronesa
daqueles tempos.
E Sete Saias desceu as escadarias do rico salão com a sua bela
máscara e um maravilhoso vestido. E todos os seus inimigos
a aplaudiram e reverenciaram sem saber quem era a misteriosa mulher,
que seria revelada somente no fim da festa. Ela chamou a todos ao
centro do salão, ainda com a máscara, os convidados já totalmente
bêbados, ela retirou a máscara, revelando-se a todos. Os inimigos
indignados por ser ela a mais rica baronesa da região a qual deviam
respeito, começaram a condená-la, principalmente o seu pai, que no
impulso começou a cobrar carinhos que ele nunca teve a ela.
E no soar de palmas, entraram-se empregados ao salão, carregando
enormes barris de óleol. E os convidados achando-se que fazia
parte da cerimônia, ficaram aguardando os servos despejarem o óleo
por tudo enquanto Sete Saias e seu marido saíram escondidos,
incendiando todo o espaço, matando e vingando-se assim, de
todos os seus inimigos, chegando ao ponto de pedir a sua rica
charrete para parar em frente ao casarão e ver seus inimigos se
incendiando.
Suas últimas palavras aos seus inimigos foram:
" livrarei vocês dos seus pecados com o fogo!"
Beijando o seu esposo e seguindo a tua viagem.
Ela morreu com seus 78 anos.
História esta contada pela sua maior parceria Maria Padilha.
Maria Mulambo Cruzeiro das Almas
Maria Mulambo nasceu em berço de ouro, cercada de luxo. Seus pais não eram reis,
mas faziam parte da corte no pequeno reinado.
Maria cresceu sempre bonita e delicada. Com seus trejeitos, sempre foi chamada
de princesinha, mas não o era. Aos 15 anos, foi pedida em casamento pelo rei,
para casar-se com seu filho de 40 anos.
Foi um casamento sem amor, apenas para que as famílias se unissem e a fortuna
aumentasse. Os anos se passavam e Maria não engravidava. O reino precisava
de um outro sucessor ao trono. Maria amargava a dor de, além de manter um
casamento sem amor, ser chamada de árvore que não dá frutos; e nesta época,
toda mulher que não tinha filhos era tida como amaldiçoada.
Paralelamente a isso tudo, a nossa Maria era uma mulher que praticava a caridade,
indo ela mesma aos povoados pobres do reino, ajudar aos doentes e necessitados.
Nessas suas idas aos locais mais pobres, conheceu um jovem, apenas dois anos mais
velho que ela, que havia ficado viúvo e tinha três filhos pequenos, dos quais cuidava c
omo todo amor. Foi amor à primeira vista, de ambas as partes, só que nenhum dos dois
tinha coragem de aceitar esse amor.
O rei morreu, o príncipe foi coroado e Maria declarada rainha daquele pequeno país.
O povo adorava Maria, mas alguns a viam com olhar de inveja e criticavam Maria
por não poder engravidar.
No dia da coroação os pobres súditos não tinham o que oferecer a Maria, que era tão
bondosa com eles. Então fizeram um tapete de flores para que Maria passasse
por cima. A nossa Maria se emocionou; seu marido, o rei, morreu de inveja e ao
chegar ao castelo trancou Maria no quarto e deu-lhe a primeira das inúmeras
surras que ele lhe aplicaria. Bastava ele beber um pouquinho e Maria sofria
com suas agressões verbais, tapas, socos e pontapés.
Mesmo machucada, nossa Maria não parou de ir aos povoados pobres praticar
a caridade. Num destes dias, o amado de Maria, ao vê-la com tantas marcas,
resolveu declarar seu amor e propôs que fugissem, para viverem realmente
seu grande amor.
Combinaram tudo. Os pais do rapaz tomariam conta de seus filhos até que a
situação se acalmasse e ele pudesse reconstruir a família.
Maria fugiu com seu amor apenas com a roupa do corpo, deixando ouro e
jóias para trás. O rei no princípio mandou procurá-la, mas, como não a
encontrou, desistiu.
Maria agora não se vestia com luxo e riquezas, agora vestia roupas humildes
que, de tão surradas, pareciam mulambos; só que ela era feliz. E engravidou.
A notícia correu todo o país e chegou aos ouvidos do rei. O rei se desesperou
em saber que ele é que era uma árvore que não dá frutos. A loucura tomou
conta dele ao saber que era estéril e, como rei, ele achava que isso não podia
acontecer. Ele tinha que limpar seu nome e sua honra.
Mandou seus guardas prenderem Maria, que de rainha passou a ser chamada
de Maria Mulambo, não como deboche mas, sim, pelo fato de ela agora
pertencer ao povo. Ordenou aos guardas que amarrassem duas pedras
aos pés de Maria e que a jogassem na parte mais funda do rio.
O povo não soube, somente os guardas; só que 7 dias após esse crime,
às margens do rio, no local onde Maria foi morta, começaram a nascer
flores que nunca ali haviam nascido. os peixes do rio somente eram
pescados naquele local, onde só faltavam pular fora d’água.
Seu amado desconfiou e mergulhou no rio, procurando o corpo de Maria;
e o encontrou. Mesmo depois de estar tantos dias mergulhado na água,
o corpo estava intacto; parecia que ia voltar à vida. os mulambos com
que Maria foi jogada ao rio sumiram. Sua roupa era de rainha. Jóias
cobriam seu corpo.
Velaram seu corpo inerte e, como era de costume, fizeram uma cerimônia
digna de uma rainha e cremaram seu corpo. O rei enlouqueceu.
Seu amado nunca mais se casou. |
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